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SBOC REVIEW

Radioterapia com ou sem hormonioterapia na recidiva do câncer de próstata

Em pacientes com recidiva bioquímica do câncer de próstata após prostatectomia, o uso de radioterapia (RT) de resgate é frequentemente empregado. Entretanto, é desconhecido se há ou não benefício adicional com a combinação de RT e hormonioterapia (HT).

Tentando responder essa questão, o estudo duplo-cego, placebo-controlado RTOG 9601 incluiu 760 pacientes que haviam sido submetidos à prostatectomia com linfadenectomia, com estadiamento patológico pT2 (com margem positiva) ou pT3, pN0, M0, com PSA pós-cirúrgico entre 0,2 – 4,0 ng/mL, randomizando-os para receber RT com ou sem bicalutamida por 24 meses. O desfecho primário desse estudo foi a taxa de sobrevida global (SG). Após um seguimento mediano de 13 anos para os pacientes vivos, a taxa atuarial de SG em 12 anos foi de 76,3% no grupo da bicalutamida e 71,3% no grupo placebo (p = 0,04). Tanto a mortalidade por câncer de próstata como a incidência cumulativa de metástases em 12 anos foram estatisticamente menores no grupo bicalutamida comparadas ao grupo placebo (respectivamente, 5,8% e 14,5% no grupo bicalutamida e 13,4% e 23,0% no grupo placebo). A incidência de efeitos adversos tardios foi semelhante entre os grupos. Ginecomastia foi comum no grupo bicalutamida.

+Shipley e cols. N Engl J Med 2017; 376:417-428. PMID: 28146658

Comentários: Os resultados desse estudo suportam a combinação de RT e bicalutamida como a conduta padrão para os pacientes com câncer de próstata tratados com prostatectomia, e que apresentam recidiva bioquímica precoce.

Romualdo Barroso, MD, PhD. 

Oncologista clínico. Clinical Fellow na divisão de Câncer de Mama do Dana-Farber Cancer Institute/Harvard Medical School, Boston, EUA. Editor do SBOC Review.