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Com participação da SBOC, Ministério da Saúde anuncia novidades sobre rastreamento e tratamento do câncer

Com participação da SBOC, Ministério da Saúde anuncia novidades sobre rastreamento e tratamento do câncer

As recentes medidas anunciadas pelo Ministério da Saúde para ampliar o rastreamento e o tratamento do câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS) vinham sendo discutidas no Comitê de Assessoramento Técnico em Oncologia ao Ministério da Saúde, formado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e seus especialistas. Esse fórum permanente de diálogo técnico tem sido fundamental para subsidiar, com base em evidências científicas e experiência clínica, as decisões estratégicas que agora chegam à população brasileira. A Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira, participou da coletiva de imprensa em que o Ministério da Saúde anunciou oficialmente novas diretrizes na área oncológica. O evento aconteceu na manhã desta terça-feira, 23 de setembro, na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), em Brasília (DF). A primeira medida apresentada pelo Dr. José Barreto Campelo Carvalheira, Coordenador-Geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, foi a ampliação da faixa etária para rastreamento ativo via mamografia. Agora, o exame é recomendado para mulheres de 50 a 74 anos (antes, até 69 anos), de forma ativa, e não apenas oportunística. Também será realizado a cada dois anos, independentemente da presença de sinais ou sintomas. Outra incorporação importante é a garantia do acesso de mulheres de 40 a 49 anos à mamografia no SUS, sem sinais ou sintomas e sem periodicidade pré-definida. Além disso, passa a ser assegurado o acesso de pacientes em qualquer faixa etária que apresentem sinais e/ou sintomas sugestivos de câncer de mama. “O diagnóstico precoce traz mais chances de cura e melhor qualidade de vida”, destacou Dr. Barreto. Ele reforçou ainda que, em qualquer idade, sinais como nódulos mamários ou axilares, alterações no mamilo ou na pele e secreções espontâneas devem levar à busca imediata por atendimento médico. Essas e outras ações integram o novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do câncer de mama, publicado neste mês, que inaugura uma orientação renovada para o tratamento antineoplásico no SUS. O documento incorpora avanços como o uso de inibidores de CDK 4/6, trastuzumab entansina, supressão ovariana medicamentosa, hormonioterapia parenteral, fatores estimuladores de colônia em esquemas de dose densa, além da ampliação da quimioterapia neoadjuvante para estádios I a III. Para a Dra. Angélica, trata-se de um momento histórico. “Sabemos a complexidade e o alto custo de incorporação das medidas anunciadas, mas elas salvam vidas. O rastreamento oportunístico e restrito a uma faixa etária mais limitada, vigente até aqui, não conseguiu reduzir os casos avançados. Precisamos ter coragem de mudar, e essas medidas apontam para um novo caminho capaz de impactar mortalidade e morbidade no país.” A Presidente da SBOC lembrou que ainda há uma defasagem importante entre os sistemas público e privado. Por isso, a Sociedade entregou, em julho, um ofício defendendo a criação de um grupo de assessoramento técnico para priorização de tecnologias oncológicas. A proposta foi aceita pelo Ministério da Saúde, e as reuniões semanais do Comitê já vêm produzindo recomendações consistentes. “Também defendemos a centralização de compras, um novo modelo de precificação, revisão técnica das APACs, incorporação de alternativas dentro de um mesmo mecanismo de ação, expansão da capacidade produtiva estatal e estímulo à pesquisa clínica”, listou a oncologista. Além disso, destacou o papel educativo da SBOC, que tem se colocado à disposição do Executivo para cooperação. “O câncer será a principal causa de morte no Brasil em 2030. É alarmante constatar que mais da metade das escolas médicas do país não tem oncologia como disciplina obrigatória.” O Ministro da Saúde, Dr. Alexandre Padilha, reiterou a prioridade da Pasta em consolidar no Brasil a maior rede pública de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer no mundo. O Ministério também anunciou que a imunoterapia para melanoma está em negociação para breve incorporação ao SUS.

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“Terminei a Residência” reúne futuros oncologistas de todo o Brasil para reflexões sobre carreira e autocuidado

“Terminei a Residência” reúne futuros oncologistas de todo o Brasil para reflexões sobre carreira e autocuidado

Em sua terceira edição, o evento “Terminei e Residência: e agora?”, organizado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) para associados no último ano da residência médica em oncologia clínica, reuniu neste sábado, 20 de setembro, em São Paulo (SP), 25 participantes das cinco regiões do país. Criado com o objetivo de apoiar os futuros oncologistas no planejamento das suas carreiras – o evento promoveu uma série de debates e aulas sobre assuntos sensíveis que abordam os anseios, as dificuldades e as necessidades dos jovens oncologistas. A abertura do evento foi conduzida pelo Diretor da Escola Brasileira de Oncologia (EBO), Dr. Romualdo Barroso, pela Dra. Sofia Vidaurre Mendes, coordenadora do Comitê de Jovens Oncologistas da SBOC, e pela Diretora-Executiva da SBOC, Dra. Marisa Madi. Dr. Romualdo ressaltou que durante a carreira de oncologista, muitas vezes são necessárias adaptações, mas que é sempre importante encarar esses desafios com positividade, entendendo que as adversidades podem ser utilizadas para o crescimento profissional. “É isso que viemos compartilhar com vocês. Trouxemos colegas que nós admiramos muito. São pessoas que muito antes de terem sucesso, são felizes – e, por serem felizes, têm muito sucesso, eu acredito. Não existe um caminho único para seguir e nem sempre o caminho está na nossa frente”, introduziu o diretor da EBO. Dra. Sofia falou sobre a transição de fases na carreira médica – etapa que traz diversas dúvidas. “Esperamos que essa iniciativa da SBOC ajude os participantes durante esse período e lembramos que, mesmo após o término desse evento, estamos abertos para eventuais dúvidas e conselhos”, comentou. Depois da abertura, os residentes foram divididos em três grupos nos quais se revezaram nos seguintes temas:• Oportunidades e desafios em trabalhar no sistema privado de saúde; acesso a tratamentos e relacionamento com fontes pagadoras (Mentores: Dr. Nivaldo Vieira, Dra. Marcela Crosara e Dra. Lara Passos);• Oportunidades e desafios em trabalhar no sistema público de saúde, e pesquisa clínica em oncologia (Mentores: Dra. Camila Venchiarutti, Dra. Renata Bonadio e Dra. Cecília Longo); e• Oportunidades e desafios em trabalhar na indústria farmacêutica, e complementação profissional e especialização no exterior (Dra. Caroline Chaul, Dra. Gabriela Pior, Dr. Lucas Uratani e Dr. Jader Sabino). “Na residência, a capacitação é voltada para o atendimento do paciente e vemos pouco de outros aspectos da atuação médica, como a pesquisa e atuação em áreas de gestão ou na indústria”, afirma Dra. Bonadio. “Foi, então, muito rico esse contato com os residentes, mostrando que existem diversos caminhos possíveis após a conclusão da especialização”, complementou. No período da tarde, o evento ofereceu aulas focadas no cuidado do oncologista. Dr. Rafael Kaliks falou sobre conflitos de interesse na prática oncológica; Dr. Augusto Mota sobre burnout, depressão e ansiedade; Dr. Willian Fuzita e Dra. Marcela Crosara sobre empreendedorismo e liderança; e Dr. Romualdo Barroso sobre o propósito do médico oncologista. Fala Residente! Residente do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Dr. João Pedro da Rocha Santos elogiou o evento pela possibilidade de conexões com vários experts em diferentes áreas da oncologia. “Isso traz segurança para nós que vamos começar agora nesse mundo, com muitas incertezas surgindo. Fico muito feliz com esse evento da SBOC, que está nos acolhendo.” Para Lucas Androczevecz Silva, residente do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi “um prazer estar em contato com referências nacionais, entendendo um pouco sobre a prática de várias modalidades, desde serviço público e privado, até pesquisa clínica e indústria”. De Vitória (ES), Dra. Larissa Emanuella da Silva Costa considerou o evento “fundamental” para o atual momento da sua carreira. “Quando chegamos na reta final da residência, não temos um desenho claro da vida, apenas ideias e opções de trabalho. Acho excelente que profissionais que já estejam além na carreira se disponham a compartilhar opiniões, sugestões e dicas de carreira. É muito acolhedor”, disse a residente do Hospital Santa Rita de Cássia. Dra. Jaqueline Pinheiro, residente do Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), contou que o evento a ajudou a se sentir um pouco mais confortável em relação ao seu atual momento de carreira. “Saímos do serviço da residência médica com muitas dúvidas e angústias, mas ao encontrarmos aqui colegas na mesma situação que a gente, além de grandes especialistas na área, nos dá mais tranquilidade”, comentou.

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Atuação da SBOC pelo acesso ao tratamento oncológico ganha destaque no último dia do 12° Congresso TJCC

Atuação da SBOC pelo acesso ao tratamento oncológico ganha destaque no último dia do 12° Congresso TJCC

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) participou nesta quinta-feira (18), último dia do 12° Congresso Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC), em um debate sobre “Do advocacy à prática: fortalecendo associações de pacientes e superando barreiras no acesso às inovações”, que abordou as barreiras no sistema de saúde, os impactos para pacientes e oncologistas e os caminhos possíveis para superá-las. Um dos pontos centrais discutidos foi o tempo que leva desde o registro de um medicamento pela Anvisa até sua incorporação pelo sistema público, passando pela análise da Conitec, criação de protocolos, financiamento, aquisição e dispensação. Esses processos frequentemente causam atrasos significativos na disponibilização de terapias para pacientes oncológicos. A Diretora-Executiva da SBOC, Dra. Marisa Madi comentou sobre os impactos desses atrasos para os médicos. “Os maiores desafios apontados pelos oncologistas estão relacionados ao acesso a medicamentos, o principal instrumento de trabalho desses profissionais”, algo que foi destacado pelo Censo de Oncologia Clínica da SBOC. “Saber que uma terapia está aprovada, mas não disponível, gera frustração e limita o cuidado que podem oferecer aos pacientes”, apontou. Para enfrentar essas lacunas, a SBOC desenvolveu o Índice de Priorização de Medicamentos. “Esse índice, publicado pela primeira vez em dezembro de 2024 e revisado em julho de 2025 após críticas e sugestões, define prioridades com base em evidência clínica robusta, necessidades não atendidas, inclusão em listas da OMS, custo-efetividade e impacto orçamentário”, explicou Dra. Marisa. O índice utiliza o score da ESMO como referência, e seu princípio central é o benefício clínico para o paciente. Ele estabelece regras de pontuação, priorização e direcionamento, orientando a atuação da SBOC no processo de incorporação de novas tecnologias e contribuindo para decisões mais consistentes e fundamentadas. O Representante Regional do Sudeste da SBOC, Dr. Pedro Uson, trouxe exemplos de tecnologias já incorporadas, mas que, ainda se encontram indisponíveis, como a imunoterapia pembrolizumabe. “A aprovação do medicamento foi em 2020 e, mesmo com acesso favorável, 40% dos pacientes não têm acesso. Ou seja, aprovado ou não, na prática isso muitas vezes é indiferente.” A Presidente e Fundadora do Oncoguia, Luciana Holtz, apontou que muitos medicamentos incorporados não chegam a pacientes com doença em fases avançadas, mesmo já autorizados pela Conitec. Segundo ela, “isso aponta falhas estruturais nas políticas oncológicas. Estamos lidando com o efeito, e não com a causa”. Luciana ressaltou que o tipo de câncer que o paciente tem e o local onde reside ainda podem determinar o tipo de acesso que ele irá receber. Na mesa, também participaram a jornalista especialista em saúde, Fabiana Cambricoli, o Diretor Médico da biofarmacêutica global Bristol-Myers Squibb, Dr. Roger Miyake, e a Diretora de Acesso ao Mercado da Interfarma, Helaine Capucho.

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