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A SBOC não para: Aprovadas mais duas incorporações submetidas pela SBOC!

A SBOC não para: Aprovadas mais duas incorporações submetidas pela SBOC!
A SBOC finaliza 2018 com mais uma conquista: a incorporação de pazopanibe e sunitinibe ao Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de pacientes com carcinoma renal de células claras metastático (CCRm). Oficializada ontem, 27 de dezembro, a medida tem prazo de 180 dias para vigorar.
 
Após a decisão da plenária da Conitec de não incorporar nenhum dos dois medicamentos, mantendo a conduta anterior de oferecer tratamento a estes pacientes apenas com interferon – uma droga antiquada, tóxica e ineficaz – a decisão foi combatida pelos especialistas da SBOC em consulta pública, o que resultou na recém aprovação.
 
“O Brasil tem uma estimativa de mais de 6 mil novos casos por ano de câncer de rim. E, apesar de não ser um dos tumores mais prevalentes em nosso país, 40% da população tem diagnóstico em fase tardia da doença, cujo único tratamento disponível é ineficaz e já não é utilizado há mais de uma década em vários países, o que torna essa aprovação uma conquista única para a Oncologia em nosso país.” comenta o presidente da SBOC, Dr. Sergio Simon.
 
O sunitinibe foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)  há 12 anos e o pazopanibe há sete anos. Ambos só foram cobertos pelos planos de saúde nos últimos quatro anos.
 
Para os pacientes da rede pública, o interferon-alfa, tratamento até hoje disponível para nossa população, não estava associado à melhora na sobrevida global e tampouco demonstrou evidências significativas de ganho de qualidade de vida e/ou alívio de sintomas, além de elevada toxicidade, posologia complexa, e taxas de resposta objetiva menores que 20%.
 
O Dr. André Fay, médico oncologista e membro titular da SBOC, diz que a incorporação representa um grande avanço na sobrevida e na qualidade de vida dos pacientes com metástase, ao lembrar do perfil mais seguro dos medicamentos recém aprovados.
 
 
Atuação decisiva
“Entendo que a missão da SBOC, além de promover atualização científica e de defender os direitos dos médicos, é de defesa da boa prática clínica, que se traduz na autonomia de prescrever o que é melhor para o paciente”, define Dr. Sergio, presidente da SBOC.
 
Diante das limitações orçamentárias para a saúde no Brasil, Dr. Sergio Simon reforça a necessidade de fazer escolhas. “Elegemos algumas demandas de alto impacto e procuramos ajudar a conversa entre indústria farmacêutica e Ministério da Saúde e também apoiar tecnicamente o Executivo em suas decisões”, conta. “Percebemos que o discurso de incorporar tudo é o mesmo que falar em incorporar nada, porque não há recursos para as incorporações necessárias de uma forma ampla”, alerta. O sentimento, segundo ele, é de dever cumprido até aqui. “É muito gratificante atingirmos um resultado que vai mudar a vida dos pacientes com câncer de rim no Brasil”, finaliza o presidente da SBOC.