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Anvisa aprova medicamento para câncer de colo do útero avançado

Anvisa aprova medicamento para câncer de colo do útero avançado

Pacientes diagnosticadas com câncer de colo do útero terão uma nova opção de tratamento no Brasil para esta necessidade médica não atendida. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a nova indicação do medicamento Avastin® (bevacizumab) para o tratamento da doença.

Trata-se do primeiro medicamento biológico que trouxe o benefício de sobrevida global e sobrevida livre de progressão sem redução da qualidade de vida das pacientes com esta doença.

A aprovação foi baseada nos resultados finais positivos do estudo independente GOG-0240, de fase III, que demonstrou que a manutenção de Avastin® (bevacizumabe) associado à quimioterapia, oferece benefícios de aumento de sobrevida para pacientes com câncer de colo do útero metastático, persistente ou recorrente. Houve redução de 26% no risco de morte e aumento de 30% na sobrevida global das pacientes tratadas com a combinação bevacizumabe mais quimioterapia (16,8 meses) versus as que receberam apenas quimioterapia (12,9 meses).

De acordo com o Dr. Paulo Mora, oncologista do INCA, o esquema com Avastin® (bevacizumabe) é uma opção valiosa para as pacientes comcâncer de colo do útero avançado, um cenário onde a escassez de opções terapêuticas destaca ainda mais os benefícios do protocolo.

O câncer de colo do útero atinge mulheres jovens no Brasil, com idade média de 49 anos. Dados do Globocan mostram que a mortalidade para esta doença no Brasil é quase duas vezes maior do que em países desenvolvidos. E de acordo com dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), estima-se que no Brasil ocorram mais de 5 mil mortes por ano decorrentes do câncer de colo do útero e que, por ano, sejam diagnosticados mais de 15 mil novos casos da doença.

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de colo do útero é o terceiro mais incidente no Brasil, porém, na região norte é o mais incidente, à frente inclusive de outros tipos mais comentados, como o de mama. A médica Angélica Nogueira, oncologista e presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos – EVA, reforça que esta é a primeira vez após quase dez anos que uma droga alvo-específico mostrou benefício em sobrevida global em câncer de colo do útero abrindo novas perspectivas para pacientes em sua maioria jovens e com possibilidades terapêuticas muito restritas.

Fonte: http://acritica.uol.com.br/noticias/Manaus-Amazonas-Amazonia-Anvisa-aprova-medicamento-cancer-avancado_0_1393660646.html