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Centro-Oeste e Nordeste têm oncologistas em Programa de Pesquisa Clínica

Centro-Oeste e Nordeste têm oncologistas em Programa de Pesquisa Clínica

O Dr. Antonio Carlos Cavalcante Godoy, de Corumbá (MS), e o Dr. Claudio Henrique Lima Rocha, de Teresina (PI), são os jovens oncologistas das regiões Centro-Oeste e Nordeste selecionados para participar do Programa de Capacitação em Pesquisa Clínica da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). De 10 a 14 de setembro, eles acompanharão o dia a dia do Centro de Pesquisa Clínica em Oncologia do Hospital de Caridade de Ijuí (RS) – ONCOSITE.

Natural de Rio Brilhante, cidade de 34 mil habitantes também em Mato Grasso do Sul, o Dr. Antonio Carlos cursou a faculdade de medicina em Cuiabá (UFMT) e a residência em Clínica Médica em Campo Grande (UFMS). A residência em Oncologia Clínica fez na USP de Ribeirão Preto. Mas tinha a ideia de exercer a especialidade no interior; ser um pioneiro. Atuou em Três Lagoas (MS), pertinho do Estado de São Paulo, e está há um ano e meio em Corumbá (MS), já na divisa com a Bolívia, a 420 km da capital. “É a maior cidade da região do Pantanal.”

O oncologista dedica 90% de sua carga horária a uma Unacon, responsável pelo atendimento de uma população de 150 mil habitantes. Sempre que possível, ele tenta incluir seus pacientes em protocolos de pesquisa para possibilitar o acesso a novos tratamentos. No entanto, em 15 meses, conseguiu incluir apenas um. “Este baixo número não é justificado pela falta de critérios de inclusão ou presença de critérios de exclusão, mas sim pela grande distância que estamos dos centros de pesquisa. Para se ter uma ideia, o centro de pesquisa mais próximo daqui é o de São José do Rio Preto (SP), distante cerca de 1 mil km”, destaca.

De acordo com o Dr. Antonio Carlos, apesar de ter certa experiência em pesquisa básica, carece de vivência em pesquisa clínica. Além de acreditar que o conhecimento da rotina assistencial e administrativa de um centro de pesquisa é necessário para todo oncologista, ele tem planos de, num futuro próximo, estabelecer um centro de pesquisa clínica em Corumbá em função das atuais limitações geográficas, financeiras e tecnológicas da região.

Primeiro passo

O Dr. Claudio Henrique Lima Rocha já deu o primeiro passo nessa mesma direção. Ele e seus sócios, todos profissionais da área de oncologia, abriram, em maio deste ano, o Centro de Pesquisa Vencer & Oncoclínica, o único centro de pesquisa clínica do Piauí. O oncologista é de Teresina, onde cursou a faculdade de medicina. Depois, veio para São Paulo fazer as residências em Clínica Médica (HCFMUSP) e em Oncologia Clínica (Icesp).

Nesta última instituição, interessou-se pela possibilidade de oferecer aos pacientes incluídos em protocolos de pesquisa novos tratamentos ofertados em todo o mundo. Ao voltar para sua cidade natal, logo tratou de conciliar a atuação em duas clínicas privadas e no Hospital da Universidade Federal do Piauí à área da pesquisa clínica. “É um grande desafio iniciar as atividades de pesquisa fora dos grandes centros. A região Nordeste merece um papel de maior destaque no campo da Pesquisa Clínica em Oncologia”, ressalta.

No recém-criado centro de pesquisa, há três protocolos clínicos em fase de análise. “Pretendemos desenvolver a Pesquisa Clínica no Piauí para ofertar esse serviço com a qualidade e o profissionalismo necessários”, afirma o Dr. Claudio. “Com a oportunidade de conhecer in loco um centro de pesquisa já consolidado, poderei aprimorar habilidades em conduzir e gerenciar estudos clínicos, garantindo aos pacientes a segurança para participar de novos protocolos e acesso a novas tecnologias.”