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Descobertas mutações em câncer de fígado que podem ajudar em novo tratamento

Descobertas mutações em câncer de fígado que podem ajudar em novo tratamento

Pesquisa foi realizada por meio de estudos moleculares com tecidos de 107 pacientes

Pesquisadores do Hospital Clinic, em Barcelona, descobriram duas mutações genéticas em tumores de fígado muito agressivos, o que pode representar uma revolução no tratamento desta doença ao abrirem possibilidades terapêuticas para 70% dos pacientes.

A pesquisa, publicada nesta quinta-feira (22) na revista Nature Communications, foi financiada pela Associação Espanhola Contra o Câncer na Catalunha. O trabalho, dirigido pelo professor da Universidade de Barcelona, Josep María Llovet, diretor do Liver Cancer Program na Ichan School of Medicine at Mount Sinai, em Nova York, identificou pela primeira vez duas alterações genéticas que ocorrem nos tumores colangiocarcinoma intrahepático (ICCA) e que são tratáveis.

— Trata-se da descoberta mais importante realizada até o momento sobre as mutações em colangiocarcinoma e mudará de forma radical o tratamento desta doença. Câncer de fígado da ex-BBB Maria Melilo e síndrome do lobisomem foram destaques.

A pesquisa foi realizada por meio de estudos moleculares com tecidos de 107 pacientes com ICCA, os quais foram extraídos e sequenciados o ácido ribonucleico (RNA) total. Os pesquisadores fizeram um mapa completo, não descrito até agora, de todas as alterações moleculares que podem ocorrer em pacientes com este tipo de câncer de fígado.

Segundo os oncologistas, existem nove alterações que se encontram em 70% destes tumores, “o que pode representar uma oportunidade terapêutica”, já que se trata de mutações que são tratáveis com inibidores. Para Llovet, uma das duas novas alterações genéticas no ICCA descoberta agora pode ser bloqueada mediante um inibidor que já demonstrou sua eficácia in vitro.

O colangiocarcinoma intrahepático é um tumor agressivo, de difícil detecção em estádios iniciais e que representa 10% do total de câncer hepático (ao redor de 70 mil casos anuais no mundo). A única opção até agora de cura é a cirurgia, mas ela está limitada aos casos em que o câncer não está em estágio avançado.

Fonte: EFE