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Dia Nacional de Combate ao Fumo alerta para os danos causados pelo tabaco

Dia Nacional de Combate ao Fumo alerta para os danos causados pelo tabaco

Há exatos 30 anos, o Brasil implementou a primeira ação para conscientizar a sociedade sobre os problemas de saúde causados pelo tabagismo. Por lei, o dia 29 de agosto ficou estabelecido como o Dia Nacional de Combate ao Fumo. O objetivo de dedicar uma data ao enfrentamento do fumo é sensibilizar e mobilizar a população brasileira para os danos causados pelo tabaco. “O fumo é um dos principais fatores de risco para câncer, estando associado a vários tumores, além do de pulmão: cabeça e pescoço, esôfago, bexiga, pâncreas, pênis, intestino, fígado e rim”, explica a oncologista clínica Clarissa Baldotto, membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

Dra. Clarissa, que atua no Instituto Nacional de Câncer (Inca) e no Grupo COI, chama atenção para os números alarmantes de mortes causadas pelo câncer de pulmão. “Em 2012, foram estimadas 1,6 milhão de mortes pela doença no mundo. A média de sobrevida depende de fatores relacionados ao tumor e ao tratamento, mas em pacientes com doença mais avançada, a média fica em torno de 8 a 12 meses”, alerta. No Brasil, o Inca estima, para este ano, 17.330 novos casos de câncer de pulmão em homens e 10.890 em mulheres.

Apoio para deixar de fumar

Além do Dia Nacional de Combate ao Fumo, o Brasil implantou, nos últimos anos, outras medidas que ajudaram a diminuir o número de fumantes, como a política de preços mínimos, a extinção da propaganda de cigarro nos meios de comunicação e a proibição de fumar em ambientes fechados. Dados do levantamento da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2015, mostram que o número de fumantes com mais de 18 anos nas capitais brasileiras vem diminuindo. Entre 2006 e 2015, a taxa passou de 15,7% para 10,4% da população.

A meta do Ministério da Saúde é baixar o índice para 9% até 2022. “Parar de fumar não é fácil. Pesquisas mostram que cerca de 70% dos fumantes manifestam o desejo de parar de fumar e que 50%, de fato, tentam por conta própria. Mas, desses, somente cerca de 3% a 6% conseguem parar sem ajuda”, diz Dra. Clarissa. “A atuação de uma equipe multidisciplinar, conjugada às medicações e intervenções corretas, pode aumentar em até 30% a taxa de sucesso. O tratamento adequado envolve aconselhamento, terapias com medicamentos e terapias comportamentais e alternativas”, explica.

Esporte como aliado

Para comemorar o Dia Nacional de Combate ao Fumo, o Inca lançou a campanha “#MostreAtitude: sem o cigarro sua vida ganha mais saúde”. A ideia foi aproveitar a proximidade dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 e mostrar que o esporte pode ser uma maneira de manter os jovens longe do tabaco pela preocupação em manter a boa saúde e por favorecer a socialização. O Inca também é responsável pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo.

Outra campanha – “E se eu parar de fumar” –, encabeçada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT) com apoio da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), ressalta os benefícios imediatos de parar de fumar. Clique aqui para conhecer a campanha.