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Disponibilidade de acesso e alocação de recursos seguem como fatores determinantes na batalha contra o câncer no Brasil, alerta SBOC

Disponibilidade de acesso e alocação de recursos seguem como fatores determinantes na batalha contra o câncer no Brasil, alerta SBOC

O Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril, traz consigo diversas reflexões sobre o tema. Entre elas, a saúde como um direito de todos, o que para os brasileiros é garantido na Constituição Federal de 1988. Quando o assunto é o câncer, esse direito esbarra drasticamente no custo: a revista Nature publicou, no início deste ano, que os gastos com a doença no mundo devem chegar a US $25 trilhões nos próximos 30 anos.

Os altos custos dos tratamentos oncológicos são um desafio global e têm sido amplamente debatidos por governos, organizações médicas e grupos de defesa dos pacientes. Várias iniciativas têm sido propostas e implementadas com o objetivo de tornar os tratamentos mais acessíveis e reduzir os custos para pacientes e sistemas de saúde.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Carlos Gil Ferreira, uma das prioridades é o estabelecimento de políticas públicas que regulamentem os preços dos medicamentos e dos procedimentos médicos. Outra possibilidade seria o incentivo ao desenvolvimento e uso de terapias mais eficazes e menos invasivas. “As terapias imunológicas, por exemplo, têm se mostrado muito promissoras no tratamento de alguns tipos de câncer e podem reduzir os custos e os efeitos colaterais associados a tratamentos mais tradicionais, como a quimioterapia”, comenta.

Além disso, existem diversos esforços para melhorar a eficiência do sistema de saúde e garantir que os tratamentos sejam prescritos apenas quando necessário e indicados, lembra Dr. Fábio Franke, que também é diretor da SBOC. Segundo ele, “isso pode incluir a adoção de protocolos de tratamento baseados em evidências, a utilização de tecnologia para monitorar a eficácia do tratamento e a implementação de programas de prevenção e rastreamento que possam detectar o câncer em estágios mais precoces, quando é mais tratável e menos dispendioso”.

Um dos focos da SBOC tem sido o incentivo à Pesquisa Clínica, área da ciência que se dedica à inovação, ajudando a desenvolver tratamentos mais eficazes para o câncer.

Por meio da pesquisa clínica é possível estudar populações específicas, como por exemplo doenças negligenciadas, que afetam principalmente populações de baixa renda e em situação de vulnerabilidade. Isso pode ajudar a reduzir as desigualdades em saúde e a melhorar a vida dessas populações, levando a uma alocação mais eficiente de recursos e a um melhor planejamento do sistema de saúde.

“A participação em pesquisas clínicas também pode trazer benefícios diretos aos participantes, como acesso a tratamentos de ponta, acompanhamento médico mais próximo e uma maior conscientização sobre sua própria saúde”, pontua Dr. Fábio Franke.

A SBOC tem se empenhado na defesa por melhores condições de atendimento e acesso ao tratamento do câncer no Brasil. Entre as iniciativas da entidade estão o incentivo à ciência e à pesquisa, a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) como uma ferramenta essencial para garantir o acesso universal ao tratamento oncológico, a otimização dos recursos públicos para o desenvolvimento ações de prevenção e diagnóstico precoce do câncer, além de campanhas para conscientização da população sobre a importância da prevenção.