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Em audiência da Câmara, SBOC discute impactos da pandemia na oncologia

Em audiência da Câmara, SBOC discute impactos da pandemia na oncologia

Em audiência pública com deputados da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara e especialistas no cuidado oncológico, no dia 15 de julho, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) defendeu a definição de estratégias por parte do público para minimizar os prejuízos que a pandemia de COVID-19 tem causado em pacientes com câncer em todo o território nacional.

De acordo com dados levantados no DataSUS, departamento de informática do Sistema Único de Saúde (SUS), houve uma queda significativa na realização de biópsias no primeiro ano da pandemia: cerca de 40% em relação a 2019, quando foram realizadas 737.804 contra apenas 449.275 em 2020. “Esse e outros prejuízos têm sido observados na prática pela comunidade oncológica, e a SBOC atua desde o princípio para mitigá-los e dar suporte ao oncologista na retomada segura do cuidado com seus pacientes”, explica a presidente da entidade, Dra. Clarissa Mathias.

Ainda nos primeiros meses da pandemia, a SBOC conduziu uma pesquisa nacional entre seus associados que identificou que 74% dos participantes tiveram um ou mais pacientes com tratamentos interrompidos ou adiados por mais de um mês em decorrência dos riscos de infecção pelo novo coronavírus. Desde então, um grande e inédito estudo está sendo promovido pela entidade para ampliar o conhecimento sobre esse impacto, o ONCOVID-19.1 – Consórcio Nacional de COVID-19 em Pacientes com Câncer. Os dados coletados de oncologistas e centros de saúde de todas as regiões do país servirão como base para a elaboração de estratégias, protocolos e políticas de cuidado.

“A SBOC tem tratado do assunto e buscado soluções desde o primeiro momento em que o problema se revelou, quando a paralisação de diversos serviços e o fechamento das cidades gerou um represamento de casos de câncer, que deixaram de ser diagnosticados e tratados. Com a retomada parcial ao final do ano passado, mas ainda de forma desigual, com maior intensidade na saúde suplementar que no SUS, esse prejuízo foi ficando claro, com casos muito mais avançados e menos tratáveis e curáveis”, contou na audiência Dr. Rafael Kaliks, diretor da entidade. “Com a segunda onda catastrófica do começo do ano, que encheu os hospitais, o problema foi retomado de forma ainda mais agravada.”

A deputada Tereza Nelma (PSDB-AL), que convocou a audiência, celebrou as iniciativas da SBOC e se comprometeu a fortalecer o diálogo por alternativas que protejam os pacientes oncológicos brasileiros. “Essa demanda reprimida, que vem de antes da pandemia por todas as inequidades do acesso a tratamentos oncológicos no Brasil, precisa ser sanada o quanto antes”, alertou.

O assessor do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Leonardo Moura Vilela, disse que na maior parte do país as secretarias municipais e estaduais estão retomando os tratamentos oncológicos e de outras especialidades, mas ainda de maneira tímida. “Precisamos de um protocolo unificado de atendimento no SUS para a retomada adequada do cuidado com os pacientes com câncer durante a pandemia, em diálogo com iniciativas de entidades como a SBOC”, afirmou.

Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia, a SBOC tem produzido diversos materiais informativos sobre o assunto, com orientações para a população, as equipes de saúde e os gestores da área. O conteúdo é reunido em coronavirus.sboc.org.br, área do site da entidade totalmente dedicada a informar a comunidade oncológica e a população em geral a respeito dos impactos da pandemia na oncologia nacional.