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Injeção de hormônio inibe câncer no ovário
Pesquisa divulgada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas) comprova 88% de eficácia na inibição do câncer de ovário para quem toma injeção de hormônio. O membro da SBOC Dr. Oren Smaletz comentou o resultado da pesquisa durante entrevista concedida ao jornal Correio Braziliense.
A substância injetável é a mesma responsável pela diferenciação da genitália masculina durante o desenvolvimento do feto, mas também se encontra em baixa concentração no organismo adulto de homens e mulheres. O hormônio também está na lista de moléculas medidas em exames clínicos de fertilidade e atua como um tipo de marcador da reserva ovariana.
O experimento foi feito com ratos com tumores de ovário humanos altamente resistentes. Os animais foram tratados com um vírus desenvolvido em laboratório que altera a genética das células infectadas e estimula a produção do hormônio antimülleriano (AMH) em níveis acima do comum. A estratégia foi eficaz contra três dos cinco modelos testados, com nenhum sinal de toxicidade.
O método pode funcionar como uma estratégia para evitar o retorno dos tumores e reduzir o alto índice de óbitos causados pelo câncer ovariano, como vislumbra o Dr. Oren. A ideia do oncologista é aplicar o hormônio durante os procedimentos cirúrgicos e a quimioterapia. “A grande maioria das mulheres é diagnosticada em estágios mais avançados, quando a taxa de mortalidade é alta. Os sintomas são de dores abdominais e cólicas. Aí a mulher acha que está com um problema intestinal e acaba se automedicando em vez de fazer o exame. Pacientes em estágios mais avançados da doença chegam a ficar com distensão abdominal causada pelo acúmulo do líquido peritonial”, explica.
O câncer de ovário é o mais letal dentre os que afetam o sistema reprodutivo feminino. Cerca de três quartos das 200 mil pacientes afetadas pela doença todos os anos só descobrem o problema em estágio avançado, quando as chances de sobrevida variam de 4% a 29%. O tratamento, que inclui cirurgias altamente invasivas e quimioterapia, tem um assustador índice de 70% de retorno da doença.
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