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Membros da SBOC participam de seminário sobre Outubro Rosa na Câmara dos Deputados

Membros da SBOC participam de seminário sobre Outubro Rosa na Câmara dos Deputados

Representantes da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) participaram, nessa terça-feira, 8 de outubro, do evento “Câncer de mama e a importância do cuidado integral”, promovido pela Secretaria da Mulher, em parceria com a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados, em alusão ao Outubro Rosa, mês de conscientização sobre esses tumores.

Na mesa “Prevenir”, Dra. Danielle Laperche, membro do Comitê de Tumores Mamários da SBOC, destacou o papel dos exames de detecção de mutações genéticas no tratamento do câncer de mama, ressaltando seu impacto positivo na sobrevida de pacientes de alto risco e no aumento das chances de cura.

“Uma vigilância ativa para essas pacientes de alto risco permite um diagnóstico precoce mais eficaz. Sem dúvida, isso também tem impacto positivo nos custos, pois reduz o valor do tratamento”, apontou. 

Dra. Daniele Assad, também membro do Comitê de Tumores Mamários da SBOC, reforçou a importância da conscientização sobre o câncer de mama e de colo do útero em mulheres jovens, abaixo dos 45 anos, que compõem uma parcela significativa dos casos. Ela destacou, ainda, o papel dos testes genéticos na detecção de mutações. “O acesso a testes genéticos pode viabilizar exames e cirurgias redutoras de risco, prevenindo o desenvolvimento da doença”, afirmou.  

Já na sessão “Tratar”, o diretor da SBOC, Dr. Romualdo Barroso, mencionou os dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), que estimam mais de 70 mil novos casos de câncer de mama por ano entre 2023 e 2025, sendo que cerca de 55 mil mulheres convivem com a doença em estágio metastático.

Segundo o médico, a incorporação de novas tecnologias é crucial para melhorar os desfechos e prolongar a vida dessas pacientes. No entanto, ele alertou para o desafio da efetivação desta incorporação no Sistema Único de Saúde. Há medicamentos aprovados há aproximadamente 900 dias, mas sem implementação de fato.

“A defasagem é ainda maior no sistema privado. Estamos diante de uma distorção entre o que é necessário para nossa população e o que realmente está sendo feito. Por isso, é essencial o trabalho contínuo de grupos da sociedade civil para exigir equidade no acesso a tratamentos para nossos pacientes”, finalizou o especialista.

 

Confira algumas fotos da sessão: