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Plano Estadual de Oncologia é apresentado para secretários municipais de saúde

Ainda este ano Alagoas deve deixar o título de único estado brasileiro que não dispõe de um Plano Estadual de Oncologia. O anúncio foi feito na segunda-feira (20/07), pela secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, durante reunião ordinária da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que ocorreu na Escola Técnica de Saúde Valéria Hora, no Centro de Maceió.

Diante do presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Consems/AL), Ubiratan Pedrosa, e de gestores municipais, a titular da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) apresentou os detalhes do projeto. Por meio dele, segundo explicou Rozangela Wyszomirska, será assegurada assistência a integral aos cerca de 1.350 alagoanos que anualmente são acometidos por uma das formas do câncer.

De acordo com a gestora da Sesau, o projeto do Plano Estadual de Oncologia foi elaborado em consonância com a Portaria 140 do Ministério da Saúde, de 27 de fevereiro de 2014, que redefiniu os critérios e parâmetros para organização, planejamento, monitoramento, controle e avaliação dos estabelecimentos de saúde habilitados na atenção especializada em oncologia.

Segundo Wyszomirska, ele especifica o número de procedimentos a serem realizados mensalmente pelas Unidades de Alta Complexidade em Oncologia (Unacons) e os Centros de Alta Complexidade em Oncologia (Cacons).

“Como Alagoas é o único estado brasileiro que não possui um Plano Estadual de Oncologia, a assistência tem sido deficiente, comprometendo o tratamento dos usuários do SUS. Estamos trabalhando para mudar esta realidade, uma vez que, até o diagnóstico, deixa a desejar. Por meio deste projeto, pretendemos assegurar uma assistência humanizada, eficiente e qualificada”, destacou a titular da pasta da saúde estadual.

Rozangela Wyszomirska informou que, por estar baseado na Portaria 140 do Ministério da Saúde, o Plano Estadual de Oncologia prevê que os estabelecimentos de saúde realizem, mensalmente, 500 consultas especializadas, 640 exames de ultrassom, 160 endoscopias, 240 colonoscopias e retossigmoidoscopias, além de 200 exames de anatomia patológica.

“Por meio da instituição do plano iremos cobrar o cumprimento destas metas”, salientou, ao evidenciar que o projeto já tem o aval do Ministério da Saúde.

O que diz o plano – O Plano Estadual de Oncologia tem como intuito assegurar que os cinco hospitais alagoanos habilitados como Cacons ou Unacons – Santa Casa de Maceió e os Hospital Universitário, do Açúcar, Afra Barbosa e Chama – garantam o atendimento integral aos portadores de câncer.

Ele também prevê ações voltadas para a prevenção e diagnóstico, contemplando, inclusive, a realização de procedimentos cirúrgicos, radiológicos, quimioterápicos e de cuidados paliativos, no quesito tratamento.

Segundo está especificado no projeto apresentado na segunda-feira (20/07), também estão previstos a implantação de Serviços de Diagnóstico e Rastreamento da Mama e Serviços de Diagnóstico e Rastreamento do Colo do Útero, que deverão funcionar em São Miguel dos Campos, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema, Arapiraca e Maceió.

“Com isso, estaremos cumprindo mais um pilar da gestão Renan Filho, que é regionalizar os serviços de saúde”, completou a secretária estadual.

De acordo com o presidente do Cosems/AL, Ubiratan Pedrosa, o projeto representa um marco importante para a saúde pública alagoana. “Por isso deve ser apoiado para ser efetivado, necessitando que toda a sociedade civil organizada possa opinar quanto a sua concepção”, emendou o presidente Ubiratan Pedrosa.

Para isso, segundo informou a secretária de Estado da Saúde, “será realizada uma consulta pública sobre o Plano Estadual de Oncologia, onde a população e especialistas poderão realizar uma leitura crítica e apresentar sugestões”, assegurou Wyszomirska.

por Agência Brasil