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Primeiro estudo brasileiro sobre cardiopatia carcinoide é apresentado no ESMO 2017

Primeiro estudo brasileiro sobre cardiopatia carcinoide é apresentado no ESMO 2017

Primeiro estudo brasileiro sobre cardiopatia carcinoide é apresentado no ESMO 2017

Pesquisadores do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) investigaram os fatores prognósticos associados à cardiopatia carcinoide, complicação incomum de tumores neuroendócrinos associada a síndrome carcinoide. De acordo com a Dra. Rachel Riechelmann, orientadora do trabalho, o tema é negligenciado na literatura. “Este é o primeiro estudo brasileiro e da América Latina”, ressalta. O tempo até o diagnóstico do câncer mostrou-se um fator de risco para a cardiopatia carcinoide. A complicação é muito mais frequente em pacientes da rede pública, onde o diagnóstico tardio é preponderante. Os achados foram apresentados no ESMO 2017 (pôster 447).

Conforme os resultados do estudo, a cardiopatia carcinoide é significativamente associada com maior volume (> 50% do parênquima) de metástases hepáticas, condição que caracteriza doença avançada. O tempo decorrido entre o aparecimento dos sintomas e o diagnóstico também é determinante. Pela primeira vez, observou-se que a presença de comorbidades cardiovasculares também aumentou o risco de desenvolver a complicação.

O trabalho será tema de apresentação oral no XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, no Rio de Janeiro. A primeira autora do estudo, Dra. Marcella Coelho Mesquita, comentará os achados na plenária. Será no dia 28 de outubro, sábado, a partir das 14h, na sala 9. O Simpósio de Cardio-Oncologia ocorrerá no mesmo dia, na sala 8.

A Dra. Rachel Riechelmann orientará um segundo estudo sobre o tema. Dessa vez, os pesquisadores pretendem avaliar no sangue dos pacientes com tumores neuroendócrinos biomarcadores associados ao tumor e susceptibilidades genéticas individuais que também possam estar relacionadas ao desenvolvimento da cardiopatia carcinoide. “A complicação é muito grave e, comumente, evolui para insuficiência cardíaca direita. A maior parte dos pacientes não vive mais do que cinco anos”, afirma a especialista. A Dra. Rachel é membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), professora da Pós-Graduação da Universidade de São Paulo, diretora científica do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrintestinais, foi chefe da Pesquisa Clínica no Icesp e hoje é diretora do Departamento de Oncologia Clínica do A.C. Camargo Cancer Center.