Instalar App SBOC


  • Toque em
  • Selecione Instalar aplicativo ou Adicionar a lista de início

Notícias

Notícias

Prontuário eletrônico deve chegar ao SUS na maioria dos municípios brasileiros em 2017

Prontuário eletrônico deve chegar ao SUS na maioria dos municípios brasileiros em 2017

Até maio de 2017, segundo previsão do Ministério da Saúde, os prontuários de papel devem ser aposentados no Sistema Único de Saúde (SUS) e substituídos por uma plataforma eletrônica na maioria dos municípios brasileiros. A meta é que o sistema seja informatizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para dar maior agilidade ao atendimento dos pacientes e melhorar a eficiência da gestão dos recursos públicos.

Paralelamente, a integração dos históricos clínicos dos pacientes a uma base de dados unificada deve oferecer uma série de informações úteis para o desenvolvimento de pesquisas médicas. “É uma iniciativa essencial para a evolução do cuidado na saúde neste século”, opina o Dr. Paulo Mora, oncologista clínico e diretor do Hospital do Câncer II, do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

O sistema eletrônico de envio das informações, chamado de e-SUS, foi criado pelo Ministério da Saúde em 2011, mas sua implantação nos municípios tem esbarrado em problemas estruturais. Em dezembro de 2016, ele estava presente em 2.060 municípios, atingindo 57,7% da população brasileira.  As justificativas registradas pelos municípios para a não implantação do prontuário eletrônico foram: 84,9% insuficiência de equipamentos; 73,9% problemas de conectividade; 75% registraram baixa qualificação no uso do prontuário eletrônico; e 67,9% relataram falta de apoio de Tecnologia da Informática. “Um sistema informatizado de amplitude nacional deve ter a capacidade de ser implementado com recursos tecnológicos que possam funcionar em qualquer lugar do país, considerando as características das unidades e o acesso à conexão de rede”, analisa o Dr. Paulo Mora.

Para contornar o problema, o orçamento de 2017 do Ministério da Saúde prevê investimentos para instalações de computadores e o custeio de conexões de banda larga. Também foram investidos recursos na aquisição de três supercomputadores capazes de processar todas as informações do SUS simultaneamente. Com o sistema funcionando a pleno vapor, será possível verificar em tempo real a disponibilidade de medicamentos e acompanhar o histórico, dados e resultado de exames dos pacientes.

Para o Dr. Paulo Mora, os prontuários eletrônicos devem lidar tanto com informações médicas quanto as de interesse operacional e administrativo. “Dessa forma, é possível localizar e fiscalizar procedimentos incoerentes com as informações clínicas”, avalia. “O sistema eletrônico também dá maior agilidade aos gestores, um perfil nosológico mais refinado e o mapeamento das referências e contrarreferências necessárias a cada unidade. ”

A ampliação da presença do prontuário eletrônico e a captação das informações médicas de milhões de pacientes produzirão uma série de dados úteis para o desenvolvimento de pesquisas clínicas. “As informações organizadas geram dezenas de dados epidemiológicos, alertas de mudança no perfil de determinadas patologias, apoio nas interações medicamentosas, agilidade nos resultados de exames e procedimentos e cooperação entre unidades de níveis diferentes de complexidade”, conclui o Dr. Paulo Mora.