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Quatro medicamentos orais para tratamento de câncer podem ser incorporados pelos planos de saúde

Quatro medicamentos orais para tratamento de câncer podem ser incorporados pelos planos de saúde

Está aberta até 26 de julho a consulta pública nº 61 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre o que será incorporado ao rol de cobertura obrigatória pelos planos de saúde em 2018. Dentre os oito medicamentos propostos pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB), quatro receberam parecer positivo. Confira:

Crizotinibe: câncer de pulmão não pequenas células avançado positivo para a cinase de linfoma anaplásico – ALK;

Dabrafenibe: pacientes adultos com melanoma irressecável ou metastático com mutação BRAF V600);

Enzalutamida: câncer de próstata metastático resistente à castração em adultos assintomáticos ou ligeiramente sintomáticos após falha de terapia de privação androgênica;

Everolimus: tumores neuroendócrinos – NET – avançados localizados no estômago e intestino, pulmão ou pâncreas.

Os medicamentos indicados pela SBOC que não receberam recomendação para serem incorporados foram: axitinibe, para pacientes adultos com carcinoma de células renais (RCC) avançado de células claras após insucesso do tratamento sistêmico prévio com sunitinibe ou citocina; everolimus, para pacientes com RCC avançado que tenha progredido durante ou após tratamento com inibidor de tirosina-cinase; cobimetinibe. indicado em combinação com vemurafenibe para pacientes com melanoma positivgo para mutações BRAF V600 irressecável ou metastático; e regorafenibe, para pacientes adultos com tumores estromais gastrintestinais – GIST – metastáticos ou não ressecáveis que tenham progredido ou experimentaram intolerância ao tratamento prévio com imatinibe e sunitinibe.

A consulta pública sinaliza também a incorporação de outros medicamentos relacionados ao câncer. Além disso, a ANS decidiu incluir a proposta de cobertura obrigatória da pesquisa da mutação ALK. O exame é indicado para detectar a proteína em indivíduos com câncer de pulmão. O resultado positivo auxilia os oncologistas na definição do melhor tratamento a ser ofertado ao paciente.

Processo de submissão

Esta foi a primeira vez que a SBOC propôs a incorporação de medicamentos ao rol de cobertura obrigatória dos planos de saúde. Até então, a solicitação era feita diretamente pela indústria farmacêutica. A atualização do rol ocorre a cada dois anos.

O presidente da SBOC, Dr. Gustavo Fernandes, explica que os medicamentos venosos são incorporados automaticamente logo após a sua aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas as drogas orais precisam passar por esse processo de submissão para análise do custo-efetividade.

Na visão dele, o cidadão já paga duas vezes para ter direito ao tratamento: a primeira no recolhimento dos impostos, que deveriam financiar o sistema público, e a segunda para uma empresa privada, que é o plano de saúde. “Respeitamos o processo, mas não podemos concordar em restringir o acesso do usuário a uma terapia comprovadamente boa”, enfatiza.