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SBOC defende no Senado volta de vacinação nas escolas contra HPV

SBOC defende no Senado volta de vacinação nas escolas contra HPV

A Dra. Angélica Nogueira, diretora da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), participou ontem (10/03), em Brasília, de audiência pública no Senado Federal sobre câncer de colo do útero. Entre as medidas defendidas pela SBOC durante a sessão, organizada pela Comissão de Assuntos Sociais do Estado, destacaram-se a ampliação das campanhas de vacinação e a exigência da caderneta com as vacinas em dia para a matrícula nas escolas.

A oncologista lembrou aos presentes que entre 2014 e 2015, período em que a vacinação deixou de ser oferecida nas escolas, houve redução de 25% das pessoas imunizadas. “Adolescentes não vão aos postos de saúde, por isso as vacinas devem ir até eles”, defendeu. A baixa cobertura do Papanicolau também foi destacada: apenas 16% da população indicada fazem o exame. No Maranhão, estado com maior incidência de câncer de colo uterino, o exame preventivo é realizado em apenas 4% das mulheres indicadas.

“Trata-se de um problema de saúde pública que não deveria mais existir, já que o câncer de colo do útero é uma doença evitável, passível de prevenção primária. Para isso, o Brasil precisa organizar sua rede e otimizar os recursos já empenhados”, destacou Dra. Angélica. Após as discussões, foi definida na audiência a criação de grupo de trabalho para a aprovação do projeto de lei (PL) 1429-19, apresentado ano passado pelo deputado federal Luciano Ducci (PSB-PR) e que estabelece a obrigatoriedade de apresentação da Caderneta de Saúde da Criança durante as matrícula dos alunos das redes pública e privada de educação.

Além de estratégias de prevenção, a audiência pública, convocada pelos senadores Maria do Carmo Alves (DEM-SE), Leila Barros (PSB-DF) e Paulo Paim (PT-RS), discutiu melhorias no tratamento de mulheres diagnosticadas. O representante da Coordenação Geral de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Dr. Etelvino Trindade, chamou a atenção para a importância do diagnóstico precoce para a sobrevivência das pacientes e a sustentabilidade dos serviços de saúde. “Se a doença for diagnosticada no primeiro estágio de lesões precursora do colo, a paciente tem sobrevida de 100% e o custo é de US$ 18,79. No último estágio, quando o câncer está além da pelve, a sobrevida é de 10% e o custo sobe para US$ 2.219,73”, comparou.

Também participaram representantes da Associação Médica Brasileira (AMB), à qual a SBOC é filiada, da Associação Brasileira de Mulheres Médicas (ABMM) e do Instituto Oncoguia.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de colo do útero, também conhecido como câncer cervical, é o terceiro mais frequente na população feminina, depois do de mama e do colorretal. Ele é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

Assista à íntegra da audiência no site do Senado.