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SBOC publica recomendações para uso de painéis de mutações somáticas

SBOC publica recomendações para uso de painéis de mutações somáticas

Os painéis de mutações somáticas, ferramentas diagnósticas e de orientação do cuidado oncológico que servem para identificar as alterações moleculares que direcionam o desenvolvimento do câncer, acabam de ganhar um guia completo para auxiliar os oncologistas em seu uso. Denominado Emprego de Plataformas de Pesquisa de Mutações Somáticas em Tumores sólidos: Recomendações de um Painel de Especialistas, o material está disponível para download gratuito no site da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

As mutações somáticas são as principais responsáveis pela transformação de células normais em células malignas, e identificá-las pode ser decisivo na avaliação do prognóstico e no direcionamento do tratamento do paciente oncológico. Isso porque a identificação e o monitoramento de tais mutações são a base da medicina de precisão na oncologia. “Com esse material inédito, a SBOC se coloca mais uma vez na vanguarda do conhecimento científico oncológico, ao disponibilizar aos seus associados e a toda a comunidade da oncologia nacional informações preciosas a respeito de como empregar esse importante instrumento definidor de tratamentos e mesmo de políticas públicas”, diz a presidente da entidade, Dra. Clarissa Mathias.

Os painéis de mutações somáticas são ferramentas que fazem parte da medicina genômica, área emergente que utiliza informações derivadas da análise do material genético de um indivíduo e pode ser empregada como parte tanto do acompanhamento médico como da estratégia de prevenção de doenças, diagnóstico, auxílio na decisão terapêutica e estabelecimento de políticas de saúde. “Tudo isso é pode ser contemplado pela medicina de precisão”, conta Dr. Vladmir Cláudio Cordeiro de Lima, coordenador do Comitê de Genômica da SBOC e coautor da publicação.

Para ele, “o material inaugura um capítulo de genômica em oncologia que envolve todos os Comitês SBOC, assim como outras sociedades da área têm feito no mundo, na tentativa de ajudar na compreensão sobre as tecnologias disponíveis ao clínico hoje, como ela pode ser utilizada e como interpretar as informações que emergem dessas análises”.

As recomendações são baseadas nas melhores evidências científicas atuais. Os grupos de especialistas em cada uma das maiores subáreas da oncologia foram constituídos por oncologistas representantes de diversos grupos e centros de tratamento de pacientes com câncer, públicos e privados, de todas as regiões geográficas do Brasil. Foi solicitado que cada grupo discutisse apenas métodos disponíveis no país e que tivessem aplicação prática real, baseada em tratamentos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) ou disponíveis dentro de estudos clínicos abertos no Brasil.

De acordo com o diretor executivo da SBOC, Dr. Renan Clara, o guia se une aos diversos materiais publicados pela entidade nos últimos anos. “É a SBOC cumprindo, por meio da EBO, o seu papel de ampliar e fortalecer o conhecimento técnico e científico de todos os profissionais de saúde envolvidos com a prática da oncologia clínica”, celebra.

Por meio do guia é possível obter informações a respeito de quando e para quem um teste de painel somático pode ser solicitado, o que deve ser pesquisado (quais genes devem ser incluídos e quais alterações são esperadas de cada gene) e quais plataformas ou testes são os mais apropriados. O acesso à íntegra do material em português pode ser feito em sboc.org.br/servicos/consensos-e-guias. Também é possível acessar as informações em inglês, pela Brazilian Journal of Oncology (BJO).