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SBOC REVIEW

Durvalumabe em pacientes com carcinoma urotelial avançado

O prognóstico de pacientes com carcinoma urotelial avançado após progressão à quimioterapia baseada em cisplatina é ruim, com uma sobrevida mediana inferior a 10 meses. Assim, existe um grande interesse sobre o papel da imunoterapia com os inibidores de checkpoint imunológico.

Massard e cols publicaram os resultados de um estudo de fase 1/2, que avaliou o uso de durvalumab, um agente anti-PD-L1, em pacientes com carcinoma urotelial avançado com progressão após quimioterapia citotóxica (ou inaptos a recebê-la). O desfecho primário foi segurança. Não havia restrições quanto ao número de linhas de quimioterapia prévia e 93% dos pacientes haviam recebido ≥1 linha. Ao todo, 40 pacientes PD-L1 positivo e 21 pacientes PD-L1 negativo foram incluídos no estudo. O perfil de toxicidade foi similar ao observado com o uso de anti-PD-1 em outros subtipos histológicos e a ocorrência de efeitos adversos grau ≥ 3 foi de apenas 4,9%. Entre os 42 pacientes incluídos na analise de eficácia, a taxa de resposta objetiva global foi de 31% (46% nos pacientes PD-L1 positivo e 0% nos pacientes PD-L1 negativo).

*Massard e cols. J Clin Oncol. 2016 Jun 6. PMID: 27269937.

Comentário: O estudo confirma que o carcinoma urotelial avançado é um alvo interessante dos agentes anti-PD-L1 e que o durvalumab tem um perfil de toxicidade manejável. O uso da expressão de PD-L1 com biomarcador preditivo de resposta deve ser validado. Outro inibidor de PD-L1, o atezolizumabe, já está aprovado nos Estados Unidos para pacientes com carcinoma urotelial avançado após progressão à platina.

Romualdo Barroso, M.D., Ph.D.

Médico Oncologista Clínico.

Posdoctoral Fellow no Dana-Farber Cancer Institute/Harvard Medical School.

Editor do SBOC Review.