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SBOC REVIEW

Manejo dos efeitos adversos associados à imunoterapia

Os inibidores de checkpoint imunológico estão revolucionando a oncologia e consolidando a imunoterapia como o quinto pilar do tratamento oncológico. Até então, a única droga dessa classe aprovada no Brasil era o Ipilimumabe (anti-CTLA-4; Yervoy®), para o tratamento de pacientes com melanoma maligno (MM) avançado. Entretanto, agora no início de abril de 2016 a ANVISA aprovou o registro do nivolumabe (anti-PD-1; Opdivo®) para o tratamento de pacientes com MM e câncer de pulmão não pequenas células avançados. Além disso, tanto o nivolumabe como o pembrolizumabe (outro anti-PD-1) tem demonstrado eficácia contra outras histologias, incluindo tumores uroteliais, carcinoma de células renais, carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço, carcinoma gástrico, câncer de ovário e tumores triplo-negativos de mama, linfomas de Hodgkin, entre outros. Assim, como o uso dessas medicações será cada vez mais comum na prática clínica do oncologista, precisamos nos familiarizar com o seu perfil de eventos adversos. Em especial, é necessário que reconheçamos os efeitos tóxicos imuno-mediados, assim como seu adequado manejo.

Nesse contexto, Champiat e cols publicaram no volume de Abril do AnnalsofOncologyrecomendações para o manejo dos eventos adversos associados ao uso dos inibidores de checkpoints imunológicos. No artigo, os autores exploram e destacam cinco elementos importantes para o adequado tratamento dos pacientes sob essas drogas, os quais eles denominam: 1) prevenção - conhecer o espectro de toxicidades imune-mediadas e estar atento à sua ocorrência; identificar fatores de risco para o surgimento dessas complicações; informar adequadamente aos pacientes e seus cuidadores sobretal possibilidade e sobre como proceder na sua suspeita; 2) antecipação – realizar uma avaliação clínica, laboratorial e de imagem que sirva de controle durante o tratamento; 3) diagnóstico – sempre considerar a possibilidade de um evento adverso novo ser etiologicamente imune-mediado; 4) tratamento – quando o paciente deve ser internado? quando interromper a imunoterapia? quando iniciar drogas imunossupressoras?; 5) monitorização – acompanhar os pacientes após o surgimento das toxicidades, incluindo complicações do seu manejo.

*Champiat e cols. Ann Oncol. 2016. 27(4):559-74. PMID:26715621

Comentário: O uso dos inibidores de checkpoint imunológico será cada vez mais comum na Oncologia Clínica. Dessa forma, o conhecimento sobre o manejo dos efeitos adversos associados as essas drogas é fundamental.

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