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SBOC REVIEW

Radioterapia Convencional vs Radioterapia estereotáxica de fração única (SBRT) para controle de dor em pacientes com metástases ósseas

Resumo do artigo:
Estudo de fase II, randomizado, aberto de não-inferioridade, cujo endpoint primário era resposta à dor (controle de dor, uso de narcóticos e necessidade de retratamento). Os endpoint secundários analisados foram qualidade de vida e sintomas, avaliados pelo MD Anderson Symptom Inventory (MDASI); toxicidade (EA); controle local das metástases tratadas e sobrevida global (OS). Pacientes com expectativa de vida superior a 3 meses, ≤ 3 sítios de doença elegíveis para tratamento e sem sinais de compressão medular foram incluídos no estudo.

Os pacientes foram randomizados para os braços SBRT (12 Gy para lesões > 4-cm e 16 Gy para lesões ≤4cm) ou radioterapia convencional, MFRT (30 Gy administrados em 10 frações de 3-Gy). Tratamento padrão com quimioterapia, imunoterapia e droga alvo era permitido.

Em análise por intenção de tratamento, a taxa de resposta em 1 mês foi de 44% (n = 36) no grupo SBRT vs 30% (n = 24) no grupo MFRT (P = .18), em 3 meses 38% (n = 31) vs 21% (n = 17) (P = .05), respectivamente. Em análise per protocol, o grupo que recebeu SBRT apresentou melhor controle de dor que o grupo MFRT em 2 semanas (34 de 55 [62%] vs 19 de 52 [36%]) (P = .01), 3 meses (31 de 43 [72%] vs 17 de 35 [49%]) (P = .03), e 9 meses (17 de 22 [77%] vs 12 de 26 [46%]) (P = .04). A taxa de sobrevida livre de progressão local em 1 ano foi superior no grupo SBRT (100% [n = 17 de 17] vs 90.5% [n = 2 de 17]) e em 2 anos (100% [n = 4 de 4] vs 75.6% [n = 1 de 6]) (P = .01). Não houve diferença em OS e EA entre os dois grupos.


Single-Fraction Stereotactic vs Conventional Multifraction Radiotherapy for Pain Relief in Patients With Predominantly Nonspine Bone Metastases A Randomized Phase 2 Trial. JAMA Oncol. doi:10.1001/jamaoncol.2019.0192 Published online April 25, 2019.
Radioterapia Convencional vs Radioterapia estereotáxica de fração única para controle de dor em pacientes com metástases ósseas predominantemente não vertebrais: Um estudo randomizado de fase II.



Comentários do editor:
- Estudo pioneiro em comparar terapia convencional com SBRT para controle de metástases ósseas sintomáticas, predominantemente não vertebrais.


- Interessante ferramenta empregada para a mensuração de resposta à radioterapia, especialmente quando consideramos as dificuldade de análise e interpretação de lesões ósseas por RECIST 1.1. Você pode conferir mais aqui: Chow E, Hoskin P, Mitera G, et al; International Bone Metastases Consensus Working Party. Update of the international consensus on palliative radiotherapy endpoints for future clinical trials in bone metastases. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2012; 82(5):1730-1737. doi:10.1016/j.ijrobp.2011.02.008.

- Algumas limitações incluem o viés do tipo de neoplasia e tratamentos sistêmicos concomitantes utilizados, especialmente em relação às análises de controle local e OS.

- Acredito que SBRT seja uma nova opção de tratamento neste cenário. Entretanto, casos precisam ser selecionados cuidadosamente, em especial pacientes que estejam recebendo imunoterapia, uma vez que o protocolo previa uso profilático de esteroides por 7 dias.