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SBOC REVIEW

Torácicos – Especial ASCO

Videotoracoscopia versus lobectomia aberta em pacientes com câncer de pulmão em estágio inicial: resultados após um ano de um ensaio clínico randomizado (VIOLET)

Resumo do artigo:

Trata-se de estudo prospectivo, randomizado, controlado, multicêntrico, conduzido no Reino Unido, e que avaliou duas estratégias cirúrgicas para lobectomia em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) cT1 a T3, cN0 a N1 (AJCC 8a edição): cirurgia aberta ou cirurgia vídeo-assistida (VATS). Foram randomizados 503 pacientes. O desfecho primário do estudo foi atingido, com melhora da funcionalidade em 5 semanas dos pacientes operados pela técnica minimamente invasiva. Além disto, os pacientes deste braço apresentaram menos dor, menor tempo de internação hospitalar, menor taxa de complicações e reinternações, sem qualquer prejuízo no resultado oncológico, e ainda, com melhor custo-efetividade. Este estudo corrobora a toracoscopia vídeo-assistida para tratamento do câncer de pulmão como a técnica de escolha.

 

Video-assisted thoracoscopic versus open lobectomy in patients with early-stage lung cancer: One-year results from a randomized controlled trial (VIOLET). ABSTRACT 8504.
Videotoracoscopia versus lobectomia aberta em pacientes com câncer de pulmão em estágio inicial: resultados após um ano de um ensaio clínico randomizado (VIOLET).

 


 

IMpower010: Resultados primários de um estudo global de fase III de atezolizumabe versus tratamento de suporte após quimioterapia adjuvante em câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) estágios IB-IIIA ressecado

Resumo do artigo:

Este estudo avaliou o papel da imunoterapia com atezolizumabe, um agente anti-PD-L1, como tratamento adjuvante em CPNPC em estádios IB (≥4 cm) a IIIA, pela 7a edição do TNM, após quimioterapia baseada em cisplatina. Foram randomizados 1005 pacientes a receberem atezolizumabe 1200 mg a cada 3 semanas por 16 ciclos, ou placebo. O objetivo primário do estudo foi atingido, com ganho de sobrevida livre de doença (SLD) significativamente melhor no braço da imunoterapia (RR=0,66, IC de 95%: 0,50-0,88, p=0,004) em estádios II e IIIA e com PD-L1 ≥1%. A SLD nos estádios II e IIIA, incluindo qualquer valor de PD-L1 também foi um desfecho positivo em favor da imunoterapia, mas a análise de subgrupos sugeriu que os tumores com PD-L1 <1% e com mutação do EGFR ou alterações de ALK não tiveram benefício com atezolizumabe. Os outros desfechos secundários, avaliados de modo hierárquico, de SLD nas populações em estádios IB a IIIA, e de sobrevida global ainda não são maduros. A toxicidade do atezolizumabe ficou dentro do perfil esperado, sem nenhum sinal de alerta em relação aos dados já conhecidos previamente. Este estudo deve mudar a prática clínica, tão logo esta estratégia seja aprovada pelas agências regulatórias do mundo.

 

IMpower010: Primary results of a phase III global study of atezolizumab versus best supportive care after adjuvant chemotherapy in resected stage IB-IIIA non-small cell lung cancer (NSCLC). ABSTRACT 8500.
IMpower010: Resultados primários de um estudo global de fase III de atezolizumabe versus tratamento de suporte após quimioterapia adjuvante em câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) estágios IB-IIIA ressecado.

 


 

Resultados cirúrgicos do estudo de fase 3 CheckMate 816: Nivolumabe (NIVO) + quimioterapia baseada em platina vs quimioterapia isolada como tratamento neoadjuvante para pacientes com câncer de pulmão ressecável de células não pequenas (CPNPC)

Resumo do artigo:

Foram apresentados os desfechos cirúrgicos deste estudo de fase 3 que avaliou tratamento neoadjuvante com quimio-imunoterapia ou quimioterapia isolada em pacientes com CPNPC, ressecável. No total, 358 pacientes com estádios IB (≥4 cm) a IIIA, pela 7a edição do TNM, e EGFR/ALK negativos, foram randomizados para receberem quimioterapia baseada em platina isoladamente, ou associada a nivolumabe. A quimio-imunoterapia levou a aumento da taxa de resposta patológica completa (pCR), que era o desfecho primário do estudo (IB: 40% vs 0%; IIA: 23% vs 3%; IIB: 24% vs 9%; IIIA: 23% vs 1%), bem como melhor taxa de resposta patológica maior (MPR). A número de pacientes operados por técnica minimamente invasiva foi maior no braço da quimio-imunoterapia, e a conversão de cirurgia minimamente invasiva para aberta foi numericamente maior no braço da quimioterapia isolada. Da mesma forma, também houve mais pneumonectomias neste braço. O perfil de segurança se mostrou adequado, e o uso de quimio-imunoterapia neoadjuvante é uma estratégia altamente promissora para o tratamento do CPNPC.

 

Surgical outcomes from the phase 3 CheckMate 816 trial: Nivolumab (NIVO) + platinum-doublet chemotherapy (chemo) vs chemo alone as neoadjuvant treatment for patients with resectable non-small cell lung cancer (NSCLC). ABSTRACT 8503.
Resultados cirúrgicos do estudo de fase 3 CheckMate 816: Nivolumabe (NIVO) + quimioterapia baseada em platina vs quimioterapia isolada como tratamento neoadjuvante para pacientes com câncer de pulmão ressecável de células não pequenas (CPNPC).

 


 

Desfechos de sobrevida em cinco anos com durvalumabe após quimiorradioterapia em CPNPC estágio III irressecável: atualização do estudo PACIFIC

Resumo do artigo:

Atualização após 5 anos continua mostrando benefício significativo de durvalumabe de consolidação em CPNPC estádio III, irressecável, após quimioradioterapia concomitante. A taxa de sobrevida global em 5 anos foi de 42,9% no braço da imunoterapia, vs 33,4% no placebo (RR=0,72, IC de 95%: 0,59-0,89); e a sobrevida livre de progressão em 5 anos, 33,1% vs 19%, respectivamente (RR=0,55, ICde 95% 0,45-0,68). Tais resultados consolidam o uso de durvalumabe como tratamento de consolidação pós quimiorradioterapia em CPNPC localmente avançado.

 

Five-year survival outcomes with durvalumab after chemoradiotherapy in unresectable stage III NSCLC: An update from the PACIFIC trial. ABSTRACT 8511.
Desfechos de sobrevida em cinco anos com durvalumabe após quimiorradioterapia em CPNPC estágio III irressecável: atualização do estudo PACIFIC.

 

 

Avaliadora científica:

Dra. Carolina Kawamura Haddad
Residência médica em oncologia clínica no Hospital Sírio-Libanês
Coordenadora da Oncologia Torácica
Grupo DASA, Hospital Nove de Julho, São Paulo