Instalar App SBOC


  • Toque em
  • Selecione Instalar aplicativo ou Adicionar a lista de início

Notícias

Notícias

Presidente da SBOC diz que Ministério da Saúde precisa investigar remédio brasileiro

Presidente da SBOC diz que Ministério da Saúde precisa investigar remédio brasileiro

Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), o médico Evanius Wiermann defende que os órgãos públicos, entre eles a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e o próprio Ministério da Saúde abandonem a inércia e saiam a campo dispostos a esclarecer em definitivo a opinião pública, em especial os pacientes de câncer, sobre os reais benefícios da medicação Fosfoetanolamina Sintética, entregue gratuitamente pelo Correio. Dezenas de pessoas relatam grande melhora com o uso da substância. Leia a reportagem e ouça entrevista.

A declaração do presidente da entidade ocorre no âmbito de uma polêmica. Não autorizado pelo governo brasileiro, o medicamento tem sido distribuído em larga escala para centenas de pacientes com câncer de todo o Brasil e também do exterior. A droga Fosfoetanolamina é produzida exclusivamente nos laboratórios da Universidade de São Paulo em São Carlos.

Descoberta na década de 90 por Gilberto Orivaldo Chierice e Salvador Claro Neto, químicos da USP, passou a ser usada em maior escala há cerca de dez anos. A fórmula tem sido utilizada a partir de um pedido médico e autorização da Justiça. Sua existência já repercute no exterior. Entretanto, nas quatro vezes em que os pesquisadores tentaram submeter a fórmula à avaliação da Anvisa, um excesso de burocracia inviabilizou o parecer.

Evanius Wiermann salientou que, como médico, jamais poderia sugerir que seus pacientes recorressem a uma substância cuja eficácia não está comprovada:

– É como um placebo. Muitos pacientes ao ingerir o falso remédio apresentam melhora na saúde. Mas óbvio que a fórmula não é eficaz. Portanto, um teste profundo se faz necessário. E este procedimento é normal em todo o mundo. Não vou receitar uma substância que não foi legalizada.

Para ele, a falta de resposta oficial e definitiva sobre a aplicação ou não da droga pode conduzir milhares de pessoas a um problema muito maior, que seria a ilusão quanto à cura:

– A substância pode não ser adequada e isso trará sérios danos a quem dela fizer uso. Especialmente se o paciente foi instado a abdicar do tratamento convencional. Entretanto, em caso positivo sobre o seu benefício, o seu uso adequado poderia também merecer melhor atenção – diz.

Na prática, o temor de Evanius Wiermann já é realidade. São milhares de pacientes de todo o mundo pedindo a fórmula, através de medida judicial, e se beneficiando dela. Tudo sem o controle dos órgãos públicos. Estes, por sua vez (não é demais repetir), têm revelado uma inércia surpreendente diante de algo que ganha vulto de escândalo internacional.

Confira a matéria completa na integra: http://www.conexaojornalismo.com.br/colunas/saude/bemestar/sociedade-medica-diz-que-ministerio-da-saude-precisa-investigar-remedio-brasileiro-70-40829