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Primeira fase do estudo da fosfoetanolamina deve durar sete meses. Inca irá colaborar na fase clínica

Primeira fase do estudo da fosfoetanolamina deve durar sete meses. Inca irá colaborar na fase clínica

O grupo de trabalho que vai estudar a substância fosfoetanolamina estipulou prazo de sete meses para a primeira fase dos testes – in vitro e com animais –, a partir de quando a Universidade de São Paulo (USP) entregar a amostra e o Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lassbio/UFRJ) sintetizar a substância descrita no pedido de patente no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A pesquisa servirá para validar ou não os efeitos terapêuticos da substância, que pode vir a ser usada no tratamento do câncer. O anúncio foi feito pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, nesta segunda-feira (16). Ele discutiu a questão com representantes dos laboratórios envolvidos e do Ministério da Saúde.

A partir da conclusão dos testes pré-clínicos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) poderia convalidar a pesquisa preliminar. “Se os resultados forem positivos, partiremos para a fase 2, que envolve humanos, por meio de centros que tiverem proficiência e experiência na área, como aqueles vinculados ao Ministério da Saúde”, disse Pansera, em referência à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e ao Instituto Nacional de Câncer (Inca).

O MCTI convidou no início do mês seis dos mais capacitados grupos de pesquisa do País na área de fármacos para comprovar a eficácia e a segurança da fosfoetanolamina como medicamento. O Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará (NPDM/UFC) e o Centro de Inovação de Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP), de Florianópolis, fariam provas e contraprovas de todos os testes apoiados pelo Governo Federal. Também devem contribuir na investigação o Instituto Butantan e laboratórios da USP e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O MCTI estima investir R$ 10 milhões até a conclusão dos estudos, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI). Uma comissão criada pelo Ministério da Saúde vai coordenar o processo, com participação do Instituto Butantan, da USP e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), inclusos a pedido dos responsáveis pela molécula.

De acordo com o ministro, uma segunda comissão deve ser designada para acompanhar as pesquisas. “Nós iremos convidar a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Academia Nacional de Medicina (ANM), o Congresso Nacional, com um senador e um deputado federal, e também o Ministério Público, para que possamos ver a sociedade civil refletida em todo esse processo”, afirmou.

Ele reiterou a ideia de abrir uma página na internet, dentro do portal do CNPq, onde regularmente serão publicados resultados das pesquisas, à medida que elas forem se desenvolvendo.

Fonte: Inca