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SBOC REVIEW

ASCO GU 2021 / Resultados finais do ACIS, um estudo de fase 3 duplo-cego controlado com placebo de apalutamida e acetato de abiraterona mais prednisona (AAP) versus AAP em pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração

Resumo do artigo:

O estudo de fase 3 ACIS randomizou 982 pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração não previamente tratados com quimioterapia para tratamento com abiraterona/prednisona + apalutamida (n=492) ou placebo (n=490). O estudo foi positivo para seu desfecho primário de sobrevida livre de progressão radiográfica (rSLP) de acordo com o investigador com tempo de seguimento mediano de 25,7 meses (HR 0,69, IC 95% 0,58-0,83, mediana 22,6 vs 16,6 meses, respectivamente). A sobrevida global foi semelhante entre os grupos (HR 0,95, IC 95% 0,81-1,11, mediana 36,2 vs 33,7 meses) na análise final com tempo de seguimento mediano de 54,8 meses. Houve maior quantidade de eventos adversos graus 3 e 4 no grupo que recebeu a combinação (63,3% vs 56,2%), mas os escores de qualidade de vida foram semelhantes entre os grupos.

 

Dana Rathkopf et al. - Final results from ACIS, a randomized, placebo (PBO)-controlled double-blind phase 3 study of apalutamide (APA) and abiraterone acetate plus prednisone (AAP) versus AAP in patients (pts) with chemo-naive metastatic castration-resistant prostate cancer (mCRPC).
Resultados finais do ACIS, um estudo de fase 3 duplo-cego controlado com placebo de apalutamida e acetato de abiraterona mais prednisona (AAP) versus AAP em pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração não tratados com quimioterapia.

 

Comentário do avaliador científico:

O estudo ACIS demonstrou maior rSLP com a combinação de abiraterona/prednisona + apalutamida vs abiraterona/prednisona, porém sem ganhos em sobrevida global. Os dados do estudo ACIS estão em concordância com o estudo ALLIANCE A031201 (enzalutamida com abiraterona vs enzalutamida isolada em homens com mCRPC). É necessária cautela para interpretar esses estudos, tendo em vista que o ganho de rSLP - mas sem aumento de sobrevida global com a combinação - pode significar apenas exposição inicial às drogas ativas, não se traduzindo necessariamente em benefício real para os pacientes.

 

Filiação:

Dr. José Mauricio Mota
Residência em Oncologia Clínica pelo ICESP/FMUSP
Oncologista clínico no ICESP/FMUSP e Oncologia D’Or
Chefe do grupo de tumores geniturinários, ICESP/FMUSP
Doutorado em Oncologia pela USP; Advanced Clinical Fellowship pelo Memorial Sloan Kettering Cancer Center