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SBOC REVIEW

Nivolumabe combinado a ipilimumabe versus sunitinibe no câncer de rim

O recentemente publicado CheckMate-214 avaliou a superioridade de uma nova combinação imunoterápica versus o tratamento padrão até então com sunitinibe. Um total de 1.096 pacientes foram randomizados 1:1 para combinação de ipilimumabe 1mg/Kg EV combinado com nivolumabe 3mg/Kg EV a cada três semanas por quatro ciclos seguido de manutenção com nivolumabe 3mg/Kg EV a cada duas semanas (ipi-nivo) versus sunitinibe 50mg VO D1-28 a cada seis semanas. Os pacientes de risco intermediário e alto (objetivo primário) tratados com a combinação ipi-nivo tiveram um aumento da sobrevida livre de progressão (SLP) (medianas de 11,6 versus 8,4 meses) com redução do risco relativo de progressão de 18% (HR 0,82), aumento da sobrevida global (mediana não-alcançada versus 26 meses) com redução do risco relativo de morte de 37% (HR 0,63) e aumento das respostas objetiva (42% versus 27%) e completa (9% versus 1%). Adicionalmente, houve também aumento dos escores de qualidade de vida em benefício da combinação ipi-nivo.

A avaliação estratificada em relação à expressão de PD-L1 foi pouco preditiva de maior benefício para os pacientes que expressam 1% ou mais (tanto em SLP quanto em SG). Entretanto, a despeito de os pacientes com expressão menor que 1% apresentarem SLP semelhante ao sunitinibe, a SG desse grupo de pacientes ainda foi superior quando comparada com sunitinibe. Em relação à população de baixo risco, maior seguimento e maior número de eventos são necessários para avaliação da SG.

Motzer RJ, et al. N Engl J Med 2018 Mar 21; PMID 29562145

Comentário: A combinação ipi-nivo, pendente de aprovação regulatória, é provavelmente o novo padrão de tratamento de primeira linha para pacientes com mRCC de risco intermediário e alto. A redução do risco relativo de morte da ordem de 37% é clinicamente importante e estabelece um novo benchmark a ser batido.

Fabio Schutz, MD.
Oncologista clínico da BP – Beneficência Portuguesa de São Paulo