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SBOC REVIEW

Quimio-radioterapia adjuvante versus radioterapia isolada adjuvante em mulheres com tumores de endométrio de alto risco (PORTEC 3): padrões de recorrência e analise de sobrevida de um estudo de fase 3.

Resumo do artigo:
Estudo multicêntrico e randomizado de fase III com 686 pacientes que avaliou o papel da RDT exclusiva adjuvante (48,6 Gy) versus QT + RDT adjuvante ( dois ciclos de cisplatina 50mg/m2 a cada 21 dias durante a RDT seguido de 4 ciclos de Carboplatina AUC5 + Paclitaxel 175mg/m2 a cada 21 dias por 4 ciclos) em pacientes com tumores de endométrio de alto risco. Foram consideradas de alto risco pacientes: EC IAG3 com invasão angio-linfática, EC IBG3, EC II, EC IIIA, EC IIIB e EC IIIC. Os objetivos primários do estudo foram sobrevida global (SG) e sobrevida livre de progressão (SLP). Este estudo mostrou que o grupo que recebeu QT + RDT apresentou maior SG em 5 anos (81,4% vs 76,1%; HR 0.7 [IC95% 0,51-0.97) p= 0,034). A adição da QT também evidenciou aumento de SLP em 5 anos (76·5% vs 69·1%; HR 0·70 [0·52–0·94] p=0,016). Metástase a distancia foi o sitio de primeira recaída mais frequente nas pacientes que não fizeram QT (p=0,047). Não houve diferença em recidiva local em ambos os grupos. O grupo que fez QT apresentou mais efeitos colaterais. Em análise de subgrupo, as pacientes com EC III e tumores serosos foram as que mais se beneficiaram da adição de quimioterapia e não houve beneficio adicionar QT adjuvante nas pacientes de EC I-II.

 

Adjuvant chemoradiotherapy versus radiotherapy alone in women with high-risk endometrial cancer (PORTEC-3): patterns of recurrence and post-hoc survival analysis of a randomised phase 3 trial. 
Quimio-radioterapia adjuvante versus radioterapia isolada adjuvante em mulheres com tumores de endométrio de alto risco (PORTEC 3): padrões de recorrência e analise de sobrevida de um estudo de fase 3.

 

Comentários do editor:
Este é um importante estudo que avalia o papel da adição da quimioterapia adjuvante em pacientes de alto risco. A principal mensagem é que quimioterapia deve sempre ser discutida com estas pacientes, principalmente naquelas com EC III e histologia serosa. Outro dado interessante obtido neste estudo é o padrão de recorrência destas pacientes, reforçando o grande risco de recorrência a distancia. Ambos grupos apresentaram excelente controle local.

 

Editor:
Dra. Vanessa da Costa Miranda

Médica Oncologista formada pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – ICESP/FMUSP.
Médica Oncologista do grupo de tumores ginecológicos do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – ICESP/FMUSP e Médica Or44ncologista do grupo Oncologia D’Or.
Doutorado em Oncologia Clínica pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo -ICESP/FMUSP.

 

Revisora:
Dra. Adriana Hepner
Membro da SBOC; Oncologista Clínica pelo Hospital Sírio Libanês; Médica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). Atualmente, participa como fellow clínica do Programa de Oncologia Cutânea do Melanoma Institute Australia, em Sydney.