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SBOC REVIEW

Trabectedina no Lipossarcoma ou Leiomiossarcoma metastático

Após os tumores estromais gastrointestinais (gastrointestinais stromal tumors - GIST), os sarcomas de partes moles mais comuns são o lipossarcoma e o leiomiossarcoma. Esse grupo de neoplasias é bastante heterogêneo, representando cerca de 1% de todos os tumores sólidos e apresentando um prognóstico ruim, com sobrevida global (SG) mediana estimada em 12-15 meses. Desta forma, novas opções terapêuticas precisam ser investigadas.

Demetri e colaboradores* publicaram os resultados de um estudo de fase 3, multicêntrico, aberto, desenhado para comparar a eficácia e a segurança da trabectedina versus dacarbazina em pacientes com lipossarcoma ou leiomiossarcoma avançados, previamente tratados com pelo menos um regime contendo antracíclicos. O estudo incluiu 518 pacientes, randomizados 2:1 para receber Trabectinia (n = 345) ou Dacarbazina (n = 173). Embora o desfecho primário foi SG, nessa análise interina são apresentados os finais de sobrevida livre de progressão (SLP). A idade mediana dos pacientes era 56 anos, a maioria dos pacientes era do sexo feminino (69-73%) e grande parte já havia recebido duas ou mais linhas de terapia sistêmica (88%). A análise interina não mostrou diferença em SG. Entretanto, a SLP com trabectedina foi superior (4,2 x 1,5 meses). Não houve diferença na taxa de resposta entre as drogas. Os efeitos adversos reportados foram consistentes com aqueles já associados às duas drogas. Os efeitos grau 3-4 mais comuns foram mielossupressão e elevação de transaminases no grupo trabectedina. Deve ser ressaltado o risco de rabdomiólise associada ao uso de trabectedina.

Comentário: Esse trabalho foi a base usada pelo FDA para a aprovação da droga para o tratamento do lipossarcoma ou leiomiossarcoma avançados. A droga parece ser ainda mais ativa no subgrupo dos lipossarcomas mixóides/células redondas, caracterizado molecularmente pela translocação t(12;16)q13;p11) responsável pela proteína de fusão FUS-CHOP.

*Demetri, G.D., et al. J Clin Oncol. 2016 Mar 10, 2016:786-793.

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