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Estudo da SBOC revela assédio e desigualdade de gênero entre oncologistas no Brasil

Estudo da SBOC revela assédio e desigualdade de gênero entre oncologistas no Brasil

Uma pesquisa inédita da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) expôs um panorama alarmante de desigualdade de gênero e violência no ambiente de trabalho: 50,3% das mulheres oncologistas ouvidas relataram já ter sofrido assédio moral, enquanto 24,7% afirmaram ter sido vítimas de assédio sexual. Entre os homens, esses índices foram de 21,4% e 7,1%, respectivamente. O estudo, publicado em 23 de abril no periódico científico JCO Global Oncology, contou com a participação de 202 médicos oncologistas e outros profissionais da saúde que atuam na área, sendo 146 mulheres e 56 homens. Embora mulheres sejam maioria nas escolas de medicina e estejam cada vez mais presentes na oncologia, elas ainda ocupam menos cargos de liderança, ganham menos e enfrentam mais obstáculos para progredir na carreira, indica o estudo. “Os dados mostram uma disparidade expressiva e a urgência de políticas públicas e institucionais para transformar esse cenário”, afirma a primeira autora da pesquisa, Dra. Daniele Assad Suzuki, que também é oncologista clínica e membro da diretoria da SBOC. O levantamento mostra, por exemplo, que apenas 13,7% das mulheres ouvidas ocupam cargos de chefia em departamentos de oncologia, contra 30,4% dos homens. A percepção de equidade também difere: enquanto 87,5% dos homens acreditam que há igualdade de direitos no trabalho, apenas 65,5% das mulheres compartilham dessa visão. A maioria das mulheres (85,1%) defende a criação de políticas específicas para promover igualdade de gênero nos ambientes oncológicos. Entre os homens, esse número cai para 60,8%. Para a Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira, o cenário exige ações estruturais. “Precisamos de metas claras: aumentar a presença feminina em cargos de chefia, garantir representatividade nos espaços de decisão e combater o assédio com medidas firmes e canais de denúncia eficazes”, afirma. A SBOC propõe como metas elevar para 40% a participação feminina na liderança da oncologia e estabelecer programas de mentoria, capacitação e combate ao assédio. A Sociedade também sugere a inclusão de treinamentos obrigatórios sobre vieses inconscientes e ética nas residências médicas. “Sem equidade e segurança, não há excelência possível no cuidado com os pacientes nem melhores condições laborais no ambiente médico”, conclui Dra. Suzuki.

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Senado Federal realiza sessão sobre pesquisa clínica com participação da Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira

Senado Federal realiza sessão sobre pesquisa clínica com participação da Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira

O Senado Federal realizou nesta quarta-feira, 30 de abril, uma sessão temática sobre o surgimento e avanço de pesquisas clínicas relacionadas à vacina e ao câncer, bem como sobre o desenvolvimento de medicamentos oncológicos. O encontro foi organizado pela senadora Dra. Eudócia e contou com a presença da Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira. Segundo a senadora, a discussão é necessária uma vez que o avanço nos medicamentos contra tumores e nas vacinas têm demonstrado um impacto significativo na prevenção e no tratamento, reduzindo a mortalidade e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. “A produção nacional de vacinas oncológicas e imunoterápicos é fundamental para garantir sustentabilidade, segurança e soberania sanitária”, disse Dra. Eudócia. “Além disso, a falta de regulamentação clara e a demora na incorporação de tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS) levam a um aumento da judicialização da saúde, o que compromete o orçamento público e gera desigualdade no acesso aos tratamentos”, completou. A Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira ressaltou o Brasil pode ter um protagonismo maior no cenário da pesquisa clínica, aliviando custos no SUS e oferecendo à população tecnologias ainda não disponíveis. Fundamental para que isso aconteça, argumentou, é que haja a regulamentação da Lei 14.874, que trará mais transparência para as pesquisas no Brasil. “Essa lei trará mais possibilidades da estruturação de centros de pesquisa, com identificação de quem são os pesquisadores e de seus treinamentos, para que o paciente tenha tranquilidade de que está entrando em projetos legítimos que aumentarão a sua possibilidade de cura com segurança”, afirmou a oncologista clínica. Em um cenário regulamentado, Dra. Angélica acredita que o Brasil pode dobrar imediatamente o número de estudos atuais, podendo ficar entre os 10 países que mais produzem pesquisa clínica no mundo. “Há uma previsão que, neste cenário, entrariam R$ 5 bilhões ao ano com a atividade econômica envolvida na pesquisa clínica, o que também beneficiaria exames de prevenção, rastreio, diagnóstico e tratamento de pacientes com câncer no Brasil”, detalhou. Também foi ressaltado o papel da SBOC no apoio e desenvolvimento da pesquisa clínica no Brasil. Neste ano, a entidade está atuando em um grupo de trabalho junto ao Ministério da Saúde dedicado ao tema, com o intuito de fortalecer a pesquisa clínica no SUS. “Estamos à disposição para debater o tema. Já fizemos um grande avanço com a aprovação da lei, agora precisamos regulamentá-la”, adicionou. Em relação à imunização, outro dos temas da sessão, Dra. Angélica reafirmou a importância da vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV) nas escolas como estratégia de prevenção de tumores. O vírus é um dos principais fatores de risco para o câncer de colo do útero, terceiro em incidência de neoplasias entre a população feminina. Entre outros convidados, também participaram Dr. Fernando Maluf, representando o Instituto Vencer o Câncer, Dra. Ludhmila Hajjar, professora da Faculdade de Medicina da USP, Dr. Gustavo Guimarães, coordenador em oncologia cirúrgica da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Dra. Ilana Freitas, representante da Organização Pan-Americana da Saúde, Dra. Josiane Dias, coordenadora médica da unidade de pesquisa clínica do Hospital do Amor e o senador Rogério Carvalho.

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Câncer do colo do útero pode ser evitado com vacina

Câncer do colo do útero pode ser evitado com vacina

De 26 de abril a 3 de maio, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) celebrará a 23ª Semana de Vacinação nas Américas (SVA) e a 14ª Semana Mundial de Imunização, com o tema: “Sua decisão faz a diferença. Imunização para todos”. O objetivo da ação é eliminar 30 doenças transmissíveis ou infecciosas, das quais 11 podem ser prevenidas por meio da vacinação. A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) apoia a campanha e reforça o papel fundamental que a vacinação contra o HPV, o papilomavírus humano (HPV), tem para a erradicação do câncer de colo do útero – o terceiro mais comum entre as mulheres brasileiras. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 80% das mulheres sexualmente ativas terão contato com o HPV ao menos uma vez na vida. “A vacinação é uma das estratégias mais eficazes para prevenir a infecção pelo HPV desde a infância, evitando casos futuros de cânceres de colo do útero, vulva, vagina, pênis, canal anal e orofaringe”, ressalta a Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira. Desde 2014, a vacina contra o HPV é oferecida gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o Brasil para meninas e meninos de 9 a 14 anos, além de pacientes imunossuprimidos — como pessoas com câncer, HIV e transplantados — até os 45 anos de idade.   Imunização do paciente oncológico A SBOC, em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), desenvolveu um Guia de Vacinação no Paciente Oncológico. O material reúne, em detalhes, orientações essenciais para a imunização de pessoas com câncer. Segundo a oncologista clínica membro da SBOC e uma das autoras do Guia, Dra. Mariana Scaranti, pacientes oncológicos podem apresentar comprometimento do sistema imunológico, o que exige cuidados especiais em relação à vacinação. “Precisamos olhar para esse paciente de forma integral, e a prevenção de doenças infectocontagiosas, por meio da vacinação, é fundamental para a promoção da saúde como um todo”, afirma. O calendário vacinal de pessoas com câncer é um dos destaques do Guia, mas a especialista reforça que as recomendações devem ser individualizadas. “É fundamental que todo paciente oncológico consulte seu médico para entender quais vacinas são indicadas ou contraindicadas”, destaca. A 2ª edição do Guia de Vacinação no Paciente Oncológico está disponível para consulta e download, servindo como referência para profissionais que buscam informações sobre os cuidados especiais necessários à imunização de pacientes com câncer.

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